Oliver estava a agir de forma muito estranha nos últimos dois dias. Mal olhava para ela e as únicas palavras que lhe dirigia eram respostas curtas, de preferência monossilábicas a perguntas que ela lhe colocava aqui e ali, primeiro por estranhar e, mais tarde, já para o testar. Não era, de todo, um traço habitual da personalidade de Oliver.
Liz desistiu de tentar arrancar-lhe o que quer que fosse pela via indirecta das perguntas genéricas e preparou-se para o confrontar, mas Oliver adiantou-se:
– Preciso que venhas comigo a um sítio. – anunciou de semblante carregado, fitando as pequenas ondas que beijavam a areia.
– Ah sim? Vais dizer-me onde ou vou ter que continuar o questionário? – Liz começava a perder a paciência.
– Shark fin*.
Não foi preciso dizer para quê, mas para que não restassem dúvidas, Oliver acrescentou: Continuar a ler →